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São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, Brazil
companheira da esperança ordeira, gente simples perdida no anonimato de sua função.Porém com nobreza de caráter traduzo um sentimento de repugnância quando lesada em meus direitos sociais,possuo mãos trabalhadoras,mãos cheias de esperança, para reconstruir sonhos, virando a página da história, e dentro do meu espaço, reconstruindo a nossa história. "Não me assusta o grito dos corruptos,mas o Silêncio dos inocentes." Lutherking

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.

Conceito
Segundo o Dicionário Jurídico da Academia Brasileira de Letras Jurídicas, diz-se do enriquecimento ilícito ser "o acréscimo de bens que, em detrimento de outrem, se verificou no patrimônio de alguém, sem que para isso tenha havido fundamento jurídico". Entende, também, que enriquecimento ilícito, enriquecimento indébito, enriquecimento injusto e enriquecimento sem causa são sinônimos.
Outros doutrinadores também entendem dessa forma. Limongi França, defendendo essa idéia e conceituando o enriquecimento sem causa, assim se expressa:
"Enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito ou locupletamento ilícito é o acréscimo de bens que se verifica no patrimônio de um sujeito, em detrimento de outrem, sem que para isso tenha um fundamento jurídico". [1]
O princípio do enriquecimento sem causa ou enriquecimento ilícito é expresso na fórmula milenar "nemo potest lucupletari, jactura aliena", ninguém pode enriquecer sem causa. Consiste no locupletamento à custa alheia, justificando a ação de in rem verso. Iure naturae aequum est, neminem cum alterius detrimento et iniuria fieri locupletiorem – é justo, por direito natural, que ninguém enriqueça em dano e prejuízo de outrem.

Observando!!!!!!!!!!!!!!!!

Estou estarrecida, e até querendo fazer um novo curso de OSPB(organização social e política brasileira) O que?  voces não sabem o que é isso? nem eles. Quem? os vereadores. Quais? Amigos, frequentem a Câmara Municipal. Só vendo pra acreditar. mas o povo os coloc.... será?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Grande Irena,exemplo de mulher

Uma senhora de 98 anos, Irena faleceu há pouco tempo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Ela sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!).
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de estopa na parte de trás da sua caminhonete (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhonete um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazistas quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registro com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... Mas, não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora, simples e corajosa seja esquecida!!
Passaram-se mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este e-mail está sendo enviando como um "lembrete”, em memória dos seis milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1.900 sacerdotes católicos e um número ainda indeterminado de ciganos, intelectuais discordantes e "subetnias" que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados com os poderosos da Alemanha e Rússia e do resto do mundo olhando para o outro lado.
Agora, mais do que nunca, com o Iraque, Irã e outros proclamando que O Holocausto é um mito. É imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça.
 A todos os oprimidos,  aos que poderão vir a sê-lo em todo o mundo. Poucas e simples atitudes podem fazer a diferença e muito mais pelo Bem do que qualquer discurso ou pregação com promessas vãs em um futuro utópico.
Fonte Cartão Vermelho

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ato Médico


                                                                                                                                                                                     Ato médico… é estranho tal iniciativa, pois, o que me parece é que os médicos estão se sentindo ameaçados. Será que não percebem que além da   medicina,       existem muitas outras ciências,que são  fundamentais para a manutenção da saúde e para o tratamento e reabilitação de doenças? Não consigo compreender , porque  tais profissionais insistem em alegar que apenas sua categoria possui habilidade para prescrições e diagnósticos, já que o esforço para o alcance de competência e especialização em tantas áreas, é expedido por outras categorias do setor saúde, como Fisioterapeutas, Enfermeiros, Farmaceuticos, Psicólogos.Odontológos e tantas outras e não apenas os Médicos. O Enfermeiro  sabe  até onde vai os seus  conhecimento da farmacologia e patologia . Mas, também me pergunto quantos Médicos erram?,ou será que, o que nos diferencia não é tão somente o fato deles assinarem os óbitos? ,e por isso acharem que são os donos do conhecimemnto cientifico.Após tantas noites e dias de dedicação ao estudo, outras  ciências não são capazes?. Será que não somos capazes de atender a uma clientela específica baseando-nos em protocolos  elaborados pelo Ministério da Saúde órgão sério e competente?, ou será uma manobra corporativista para garantir um monopólio que sustenta o setor privado,e sucateia a saúde publica!!!. Atualmente trabalho em uma cidade do interior  que possui população de 85 mil habitantes e estamos em grande dificuldade para encontrar Médicos que queiram se dedicar por 8 horas a jornada de trabalho exigida no Programa Saúde da Família (PSF). Sou Coordenadora da Atenção Basica .. Vejo o  “Ato Médico” como fator de inviabilização do SUS ,acredito que a resolutividade dos problemas em saúde publica, que são trazidos pelos usuários aos Enfermeiros das Unidades de Saúde da Família serão solucionados, por  estes profissionais,com competência  A questão, portanto, se limita ao seguinte: os Médicos estão a procura da defesa de sua profissão engessando a assistência. No Brasil somos aproximadamente 3,5 milhões de profissionais de saúde,sendo apenas 350 mil médicos.O ato Médico inviabiliza o sistema de saúde como todo, e transforma a mão de obra deles mas cara que ouro em pó . Será que   não é melhor aprender  o valor de se trabalhar em equipe?
                                                                                                Enfa. Ana Leão

Aos Funcionários da SMS-SPA

Aos Amigos, Colegas, e funcionários da SMS/SPA
O perdão é uma virtude, complexa e revolucionária, maior que o amor ao próximo, porque, supõe o esquecimento, a base deste gesto”. Perdoar é um convite à amnésia, um esforço sobrenatural de compreensão e humildade.  Às vezes, pedir perdão significa legitimar um ato imoral. Há duas maneiras de entender o perdão: primeiro como ato de contrição, quando tomamos consciência de algum ato desabonador que cometemos e, no mesmo instante que fazemos nossa revisão pessoal, sem outra testemunha que não seja nossa própria consciência; Segundo, quando alguém nos procura e verbaliza seu arrependimento, porque já não consegue conviver com o peso do seu erro. No primeiro caso, podemos aprender a conviver com o nosso erro, com o malfeito praticado. Todos os perdões implicam em consciência plena, capaz de contemplar a si mesmo, objetivamente, superando o que fomos para viver o que seremos. No segundo caso, se roga o perdão, por não conseguir viver mais com um peso na alma, com o passo em falso, com o ruído no meio da noite, e se implora a leveza do perdão, para suportar o peso da culpa por tudo que se fez sofrer, o perdão é um ato radical
 A metáfora da primeira pedra que Jesus, sabiamente, reivindicou, nos revela uma condição humana. Atire a primeira pedra, quem se considerar capaz de fazê-lo? Quem se julgar isento de culpa, erro, e de falhas, não é humano. Atirar a pedra na condição de executor de uma sentença sem juiz, sem processo, apenas seguindo a perversão, condena mais do que supõe à vítima da pedrada. Quem atira a primeira pedra absolve a vítima de pedrada, porque ninguém pode, em são juízo, poderá supor-se suficientemente isento para executar uma pena sem o devido processo legal, exceto se for um animal bípede. O pedido de perdão,  precisa de lucidez e de humildade. Quem se dispõe a perdoar precisa renunciar à vingança, porque vai assistir ao espetáculo do outro ser humilhando, rastejando no pó do arrependimento. Precisa de lucidez para não julgar-se o maior dos homens a cujos pés estão os arrependidos. Mas, precisa também saber que o esquecimento, que o perdão evocado, não pode ser absoluto; precisa saber que o mal engendra o mal e o perdão sem limites o estimula. Como suportar a sinceridade de quem tanto caluniou, intrigou, feriu, humilhou e que, agora, no ato de pedir perdão, revela- se superior ao nosso ódio, melhor seria não ter de pedir perdão e viver cada um com sua culpa.   Afinal, o perdão é para nos honrar? Ou para que se possa, afinal, ter uma boa noite de sono? Por isso, o perdão é um gesto que necessita de um pouco de irresponsabilidade para que possamos aceitar todo mal que nos fizeram, como se nunca tivesse acontecido.
 Mariza de Freitas e Vanda

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mulher&Política

Com certeza a democracia representativa não se baseia em representação
proporcional. Mas as mulheres não podem ser tratadas como qualquer grupo, como uma minoria que deva ser tratada com deferimento e respeito pela majoritária parcela. Ao contrário, as mulheres são maioria da população, e do eleitorado e só estão distantes dos postos de comando da política devido a uma discriminação histórica, à falta de experiência acumulada nas áreas de atuação e à resistência dos velhos ocupantes do poder
em compartilhar os espaços de participação e decisão.
 Portanto, garantir uma maior representação feminina no parlamento é, no mínimo, uma
medida de aperfeiçoamento da democracia.
Sempre quando se discute o aumento da representação feminina surge
uma pergunta: as mulheres fazem a diferença quando entram na política?
Sim, essa pergunta é importante, mas é meio preconceituosa. Pode-se perguntar
de outra maneira: as mulheres precisam fazer diferença para entrar na política?
ou, as mulheres só podem entrar na política se fizerem  a diferença?
Por que introduzir mais esta exigência que não é cobrada de candidatos
do sexo masculino o fazer a diferença? Na verdade, basta que o desempenho das mulheres, seja igual, ao dos homens para justificar sua presença na política.
Não resta dúvida também de que mais importante do que a presença
das mulheres na política é a defesa de uma agenda  de caráter
universal e emancipatório e que contribua para a construção de uma
sociedade justa sem exploração e opressão.
 Porém, existem estudos que mostram que a presença da mulher faz diferença e que contribui
para a elaboração de políticas de combate à discriminação, à pobreza e
à desigualdade.


enf. Ana Leão: Aprovado piso salarial de Enfermeiros

enf. Ana Leão: Aprovado piso salarial de Enfermeiros

Aprovado piso salarial de Enfermeiros


Piso salarial do enfermeiro é aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família


saude
Acaba de ser aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4924/09, de autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO), que tem como relator o deputado Jofran Frejat (PMDB-DF), que dispõe sobre o piso salarial do enfermeiro, do técnico e do auxiliar de enfermagem.

De acordo com o texto original do P.L., o piso salarial do enfermeiro será de R$ 4.650,00. No entanto, a proposta inicial foi modificada pelo relator para que 70% deste valor corresponda ao piso do técnico de Enfermagem e 50% ao do auxiliar. Inicialmente a definição era de 50% e 40%, respectivamente.

Em sua justificativa, o relator destacou a existência de abrigo constitucional da proposta, ao se referir ao inciso 5, artigo 7º, da Carta Magna, que assegura piso proporcional à extensão e complexidade do trabalho profissional, situação em que se enquadram os profissionais de Enfermagem

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011





Vladimir Herzog

Fonte: Grandes Advogados, Grandes Julgamentos - Pedro Paulo Filho - Depto. Editorial OAB-SP
(Advogados Heleno Fragoso, Sérgio Bermudes, Marco Antônio R. Barbosa e Samuel Mac Dowell de Figueiredo)

Em 19 de abril de 1976, deu entrada na Justiça Federal de São Paulo, sendo distribuída para a 7ª Vara Cível, uma ação declaratória intentada por Clarice Herzog e seus filhos Ivo e André, contra a União Federal, pleiteando que fosse declarada a responsabilidade da União pela prisão, torturas e morte do jornalista Vladimir Herzog, marido e pai dos autores.
A inicial relatou que Vladimir era brasileiro naturalizado, professor e jornalista da TV Cultura – Canal 2 e que na noite de 24 de outubro de 1975 compareceu às dependências do DOI/CODI do II Exército, por solicitação de seus agentes, a fim de prestar esclarecimentos.
Fizeram-no apresentar-se no dia seguinte, à Rua Tomás Carvalhal, 1.030, na capital paulista. No final da tarde do mesmo dia, o Comando do II Exército fez distribuir nota na qual comunicava a morte de Vladimir Herzog, e entre outras inverdades dizia que o jornalista “admitiu exercer atividades no PCB; que, por volta das 15 horas, deixado, sozinho, em uma sala, redigiu declaração dando conta de sua militância no Partido Comunista; que, aproximadamente, às 16 horas, ao ser procurado na sala onde ficara, foi encontrado morto, enforcado em uma tira de pano”.
A nota afirmava que, solicitada a perícia, pelo técnicos foi constatada a ocorrência de suicídio e que “o cadáver de Vladimir Herzog foi encontrado, junto à janela, em suspensão incompleta e sustido pelo pescoço, através de uma cinta de tecido verde” e que “o traje que vestia o cadáver compunha-se de um macacão verde de tecido igual ao da referida cinta”.
O fato provocou a maior repercussão em todo o país.
Em 30 de outubro de 1975, o general-comandante do II Exército instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias em que ocorreu o “suicídio” do jornalista Vladimir Herzog, que concluiu, como era esperado, pela ocorrência de suicídio.
Ocorre que Rodolfo Konder compareceu, espontaneamente, no dia 7 de novembro de 1975, às 16 horas ao escritório de advocacia dos drs. José Carlos Dias, Maria Luiza Flores da Cunha Bierrembach, José Roberto Leal de Carvalho e Arnaldo Malheiros Filho, no centro de São Paulo, e ali, na presença dos referidos advogados e, mais ainda, do dr. Prudente de Moraes, neto, do prof. Gofredo da Silva Telles Jr., do dr. Hélio Pereira Bicudo e do padre Olivo Caetano Zolin, prestou declarações que esclareceram a morte de Vladimir Herzog.
“Às seis horas da manhã do dia 24 de outubro do corrente, tocaram a campanhia de minha casa, e, quando fui atender, vi que eram três agentes da Polícia, os quais me disseram que eu deveria acompanhá-los para prestar alguns esclarecimentos. Fui levado numa caminhonete até as dependências do DOI, na rua Tomás Carvalhal, 1.030, endereço este que vim a conhecer posteriormente. Na estrada colocaram-me um capuz de pano preto na cabeça e me levaram para o interior do DOI. Lá dentro me fizeram tirar a roupa e me deram um macacão do Exército, e eu fiquei sentado num banco com o macacão e o capuz. Fiquei cerca de uma hora esperando, tempo que eu não posso calcular com certeza por terem me tirado o relógio, e fui chamado para o interrogatório. Fui levado para o primeiro andar, pois estava no térreo, e alguém começou a me fazer perguntas sobre minhas atividades políticas. Esta pessoa eu não posso identificar porque eu estava com o capuz na cabeça. Ela começou a se exasperar e me fazer ameaças, porque não estava satisfeita com as respostas que eu dava, e chamou umas duas pessoas para a sala de interrogatório, pediu a uma delas que trouxesse a “pimentinha”, que é uma máquina de choques elétricos e, a partir daí, eu comecei a ser torturado. Uma pessoa que mais tarde pela voz eu identifiquei como o chefe da equipe, e era forte, barrigudo, moreno, de cara rasgada. Este homem que batia com as mãos e gritava que ele era um anormal, o que eu achei muito estranho. Depois instalaram nas minhas mãos, amarrando no polegar e no indicador as pontas de fios elétricos ligados a essa máquina; a ligação era nas duas mãos e também nos tornozelos. Obrigaram-me a tirar os sapatos para que os choques fossem mais violentos. Enquanto o interrogador girava a manivela, o terceiro membro da equipe, com a ponta de um fio, me dava choques no rosto, por cima do capuz e, às vezes, na orelha, para isso levantando um pouco o capuz, para que o fio alcançasse a orelha. Para se ter uma idéia de como os choques eram violentos, vale a pena registrar o fato de que eu não pude me controlar e defequei, e, freqüentemente, perdia a respiração. (...)
No sábado de manhã, percebi que Vladimir Herzog tinha chegado. Como o capuz é solto, por baixo dele, quando a vigilância não é severa, pode-se ver os pés das pessoas que estão perto. Ao meu lado estava sentado George Duque Estrada, o Estado de S. Paulo, e eu comentei com ele que Vladimir Herzog estava ali presente, isto porque Vladimir Herzog era muito meu amigo e nós comprávamos sapatos juntos, e eu o reconheci pelos sapatos. Algum tempo depois, Vladimir foi retirado da sala. Nós continuamos sentados lá no banco, até que veio um dos interrogadores, levou a mim e ao Duque Estrada a uma sala de interrogatório no andar térreo, junto à sala em que nós nos encontrávamos. Vladimir estava lá, sentado numa cadeira, com o capuz enfiado e já de macacão. Assim que entramos na sala, o interrogador mandou que tirássemos os capuzes, por isso que nós vimos que era Vladimir, e vimos também o interrogador, que era um homem de 33 a 35 anos, com mais ou menos 1,75 metro de altura, uns 65 quilos, magro, mas musculoso, cabelo castanho-claro, olhos castanhos apertados e uma tatuagem de uma âncora na parte interna do antebraço esquerdo, cobrindo praticamente todo o antebraço. Ele nos pediu que disséssemos ao Vladimir ‘que não adiantava sonegar informações’. Tanto eu como Duque Estrada, de fato, aconselhamos Vladimir a dizer o que sabia, inclusive porque as informações que os interrogadores desejavam ver confirmadas já tinham sido dadas por pessoas presas antes de nós. Vladimir disse que não sabia de nada e nós dois fomos retirados da sala e levados de volta ao banco de madeira onde nos encontrávamos, na sala contígua. De lá, podíamos ouvir nitidamente os gritos, primeiro do interrogador e depois de Vladimir e ouvimos quando o interrogador pediu que lhe trouxessem a “pimentinha” e solicitou ajuda de uma equipe de torturadores. Alguém ligou o rádio, e os gritos de Vladimir se confundiam com o som do rádio. Lembro-me bem que durante esta fase o rádio dava a notícia de que Franco havia recebido a extrema-unção, e o fato me ficou gravado, pois naquele mesmo momento Vladimir estava sendo torturado e gritava. A partir de determinado momento, a voz de Vladimir se modificou, como se tivessem introduzido alguma coisa em sua boca; sua voz ficou abafada, como se lhe tivessem posto uma mordaça. Mais tarde os ruídos cessaram. Depois do almoço, não sei exatamente a que horas, o mesmo interrogador veio me perguntar sobre uma reunião política na minha casa, realizada em 1972, com a presença de um homem de cabelos grisalhos. Eu não me lembrava dessa pessoa, embora me lembrasse de um único encontro realizado em minha casa naquele ano, com a presença de uma outra pessoa, esta de cabelos escuros. O interrogador saiu novamente da sala e dali a pouco voltou para me apanhar pelo braço e me levar até a sala onde se encontrava Vladimir, permitindo mais uma vez que eu tirasse o capuz. Vladimir estava sentado na mesma cadeira, com o capuz enfiado na cabeça, mas agora me parecia particularmente nervoso, as mãos tremiam muito e a voz era débil.”
“Que o declarante, da mesma forma que todos os outros presos que teve oportunidade de ver nas dependências do DOI, foi deixado apenas com o macacão, o capuz e os sapatos, sendo que das pessoas que usavam sapatos com cordão para amarrar os cordões eram retirados, não ficando nenhum instrumento que pudesse ser usado contra a vida.”
“Que quando iniciou-se a tortura de Vladimir o declarante, estando na sala ao lado, chegou a ouvir sons de pancadas que lhe eram desferidas.”
Vladimir Herzog foi cruelmente torturado, e, depois disso, redigiu a declaração que o comprometia com agremiação política ilegal. O fato de haver rasgado o papel comprova que repudiou totalmente a suposta confissão, obtida mediante métodos violentos.
Ademais, não poderia ter se suicidado com o cinto do macacão, pois, segundo Rodolfo Osvaldo Konder, “o macacão que lhe deram para vestir nas dependências do DOI, a exemplo de todos os outros, não tinha cinto”.
Os advogados Heleno Cláudio Fragoso, Sérgio Bermudes, Marco Antônio Rodrigues Barbosa e Samuel Mac Dowell de Figueiredo sustentaram que o artigo 107 da Constituição Federal obriga as pessoas jurídicas de direito público a responder pelos danos que os seus funcionários causarem a terceiros.
Já o artigo 15 do Código Civil Brasileiro é expresso: “As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por atos dos seus representantes que, nessa qualidade, causem dano a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano”.
A prisão foi ilegal e arbitrária, pois efetuada com desatenção ao artigo 153, parágrafo 12 da Carta Magna. Ao torturarem Vladimir Herzog, os agentes da União Federal desrespeitaram o parágrafo 14 do artigo 153 da Constituição Federal, que impõe a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral do detento e do presidiário, constituindo abuso de autoridade nos expressos termos dos artigos 3º e 4º de Lei Federal nº 4.898, de 9-12-65.
Na forma do artigo 4º do Código de Processo Civil, Clarice Herzog e seus filhos, ao invés de postularem a condenação da União Federal, pediram apenas que fosse declarada a sua obrigação de indenizá-los, em decorrência dos fatos que culminaram com a morte de seu marido e pai. Queriam uma reparação moral.
A União Federal, através do procurador da República, Tito Bruno Lopes, em 2 de julho de 1976, contestou a ação, alegando que os autores da ação eram carecedores por se basearem em fatos considerados inexistentes pela Justiça Militar. Aduziu que a responsabilidade civil é independente da criminal e que, de conformidade com o artigo 1.525 do Código Civil não se poderia questionar sobre o fato ou quem seja o seu autor, quando estas questões já tenham sido decididas no crime. Acrescentou ainda que a ação declaratória era inepta, porque escondia, subjacentemente, uma ação condenatória conta a União Federal.
No mérito, confirmou a existência de suicídio, conforme os laudos dos legistas Arildo de T. Viana e Harry Shibata, que concluíram pela inexistência de sinais de violência ou tortura, acrescentando não ter havido culpa dos funcionário, que agiram no estrito cumprimento do dever legal.
O juiz do processo era o dr. João Gomes Martins Filho, da 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, que, no passado, fora deputado pelo PSD na Constituinte de 1946 e candidato a Vice-Governador em 1951 na chapa de Prestes Maia.
Depois de devidamente instruído o processo, com a colheita de todas as provas e as inquirições de todas as testemunhas, o magistrado federal preparou a sentença que seria lida em 26 de junho de 1978, uma segunda-feira.
Entretanto, quatro dias antes da audiência de publicação de sentença, chegou à 7ª Vara Federal um telex de Brasília informando que havia sido concedida uma medida liminar junto ao Tribunal Federal de Recursos, requerida pela União, sendo relator do mandado de segurança o ministro Jarbas Nobre.
Na segunda-feira, o juiz João Gomes Martins não pôde ler a sentença, em virtude dessa liminar. A manobra foi suficiente para as finalidades pretendidas, porque a Justiça Federal entrou em recesso no mês de julho, e logo no dia 2 deste mês o juiz João Gomes Martins completou 70 anos, aposentando-se, compulsoriamente, nos termos da lei em vigor.
Outro magistrado assumiu a 7ª Vara da Justiça Federal, Márcio José de Moraes, casado, 32 anos, e pai de dois filhos. Em 29 de outubro de 1978, o juiz Márcio José de Moraes prolatou a tão esperada decisão no processo nº 136//76, cuja parte dispositiva foi a seguinte: “Pelo exposto, julgo a presente ação procedente e o faço para, nos termos do artigo 4º, inciso I do Código de Processo Civil, declarar a existência de relação jurídica entre os autores e a ré, consistente na obrigação desta indenizar aqueles pelos danos materiais e morais decorrentes da morte do jornalista Vladimir Herzog, marido e pai dos autores, ficando a ré condenada em honorários advocatícios que, a teor do artigo 20, parágrafo 4º do mesmo diploma legal, fixo em Cr$ 50.000,00 (cinqüenta mil cruzeiros).
Determino, outrossim, com fundamento no artigo 40 do Código de Processo Penal, sejam extraídas e remetidas ao sr. Procurador-geral da Justiça Militar, para as providências legais que couberem, cópias autenticadas pela Secretaria deste sentença e de todos os depoimentos das testemunhas ouvidas por este Juízo. Custas ex-lege. Oportunamente, observadas as cautelas legais, subam os autos ao Egrégio Tribunal Federal de Recursos, para os fins do duplo grau de jurisdição.”
Foi uma sentença corajosa que estarreceu o país, devolvendo aos brasileiros a confiança e o respeito pelo Poder Judiciário. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Federal de Recursos.
O grande advogado Raymundo Faoro, então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, escreveu sobre o episódio: “Será esta uma história que mostrará a possibilidade, com a ordem jurídica, de abater o autoritarismo, sempre que se levantem, dentro de seus próprios muros, advogados e juízes, advogados que sejam verdadeiramente advogados e juízes de verdade, ainda que tolhidos pelas restrições às suas prerrogativas e garantias”.
O juiz federal João Gomes Martins Filho jamais revelou o teor da sentença que redigiria, mas não fora proferida. Sem embargo, escreveu uma carta ao seu colega Márcio José Moraes, cujos excertos reproduzimos:

“Chegamos, por palavras diferentes, à mesma conclusão... Senti uma tristeza imensa ao verificar até que ponto podia chegar a tentativa de sufocar uma manifestação do Poder Judiciário... Não poderia desconfiar de um golpe dessa natureza e tanto é assim que havia marcado com antecedência o dia e hora para a prolação da sentença.
Veio o telex, anunciando a proibição da leitura e requerendo também informações sobre o processo no mandado de segurança impetrado pelo procurador, que se considera o detentor único da verdade e o cavaleiro andante da honra e do renome nacional. Alegava que a sentença poria em risco a segurança do Estado, e que, por isso, deveria ser impedida, como se a declaração de responsabilidade pela tortura e morte de um homem pudesse constituir-se em perigo para a honra e a segurança das instituições.
Ninguém sabia o teor da sentença, a não ser eu.
O Brasil inteiro ficou sabendo por esse telex qual seria o seu teor, pois ele já confessava a culpa publicamente. Ninguém mais duvidava daí em diante das conclusões do juiz... Lançou-se sobre o Poder Judiciário a dúvida a respeito da dignidade, da coragem e da honradez do juiz que me substituísse. Supôs-se que com o afastamento de um, a lição permaneceria com o outro e que talvez a verdade não aflorasse com a veemência que se deduzia da ação.
Enganaram-se os que assim pensaram porque, talvez mais forte, mais elegante e mais alta se elevou a voz de um jovem magistrado para deixar bem claro que ainda há juízes no Brasil...”
 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

QQ semelhança é mera COINCIDÊNCIA, e o tempo não para.....

Estou eu aqui na Internet lendo as notícias do Brasil e do mundo,existe um blog mineiro com matéria da jornalista e repórter Vanelle Oliveira,narrando um fato
acontecido em Minas na cidade de Montes Claros.
A comissão de Saúde da Câmara boicotou a audiência pública em total desreispeito a população,o fato é que
os vereadores usam a saúde pública como trampolim
eleitoreiro levando a saúde a falência.
Nas campanhas eleitorais todos só falam em saúde e educação,porem durante os seus mandatos esquecem as promessas e nada fazem, porque não podem enfraquecer o tema principal de seus discursos nefastos,então não saem das secretarias de saúde nos causando a impressão que trabalham ali , autorizando exames,solicitando exames, vendo internações muitas vezes  atrapalhando o serviço técnico que se vê compuscado,quando realmente uma pessoa precisa e os cofres já foram esvaziados por pulhas, que só vêem o próprio umbigo."VOTO NÃO TEM PREÇO SAÚDE é seu DIREITO " MCCE(movimento contra corrupção eleitoral).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O tempo é companheiro da ESPERANÇA

Após 18 dias de intensos e violentos protestos que tomaram diversas cidades do Egito, o ditador Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.

Para refletir

Pessoas grossas, estupidas, afastam os outros de si. Conhecem alguém assim?
Os que me fizeram grosseria, só fizeram uma vez. Porque não dei a segunda chance. Agora quando o grosso é o patrão, aí complica.
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Ora, minha querida Scarlet... As pessoas grossas merecem a nossa piedade. Afinal, são assim por serem mal amadas e terem uma baixa auto-estima...
Mas sou como você nisso. Quem me conhece sabe que não tolero falta de educação e falta de gentileza. Uma vez perdido o meu bom conceito, perdido para sempre.

Abuso de poder é o ato ou efeito de impôr a vontade de um sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, sem considerar as leis vigentes . Desta maneira é evidente que a palavra "abuso" já se encontra determinada por uma forma, o poder de definir a própria definição. Assim que o abuso só é possível quando as relações de poder assim o determinam.  Um sistema que se opõe a este tipo de atitude é a democracia. O abuso de poder pode se dar em diversos níveis de poder, desde o doméstico entre os membros de uma mesma família, até aos níveis mais abrangentes. O poder  pode ser  económico, político ou qualquer outra forma a partir da qual um indivíduo ou coletividade têm influência directa sobre outros. O abuso caracteriza-se pelo uso ilegal ou coercivo deste poder para atingir um determinado fim. O expoente máximo do abuso do poder é a submissão de outrem .
Constitui-se abuso quando uma autoridade, no uso de suas funções, pratica qualquer atentado contra a liberdade , o sigilo da correspondência, a liberdade  de crença, o livre exercício do culto ,a liberdade de associação, os direitos e garantias legais assegurados ao exercício da cidadania, o direito de reunião,a incolumidade física do indivíduo e, aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657/79). O abuso de autoridade levará seu autor à sanção administrativa civil e penal, com base na lei. A sanção pode variar desde advertência até à exoneração das funções, conforme a gravidade do ato praticado.
Acontece no ambiente de trabalho é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. Este tipo de assédio é mais comum em relações hierárquicas autoritárias e desiguais, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigidas a um ou mais subordinados, desestabilizando a vítima em relação ao ambiente de trabalho e à organização.. Coerção é o ato de induzir, pressionar ou compelir alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça. Uma forma comumente usada com   pessoas ou equipes é a coerção, já que evitar a dor ou outras conseqüências negativas tem um efeito imediato sobre suas vítimas.
Quando tal coerção é permanente, é considerada crime, moralmente repreensível, ela é largamente praticada em prisioneiros

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

enf. Ana Leão: Como sou

enf. Ana Leão: Como sou: "“Não me assusta o grito dos violentos, Nem o grito dos corruptos,Me assusta o silêncio dos Inocentes” Lutherki..."

Qualquer semelhança é mera coincidência

Alguns dos heróis viera a Áulis mais facilmente do que outros. Ulysses, rei de Ítaca, conhecia a profecia que se fosse a Tróia não retornaria por vinte anos, e então fingiu loucura quando o mensageiro Palamedes chegou para convocá-lo, atrelando duas mulas a um arado e movendo-as para cima e para baixo na praia; mas a farsa de Ulisses foi revelada quando Palamedes colocou o seu filho pequeno, Telêmaco, na frente das mulas, e Ulisses imediatamente voltou ao normal. Os pais de Aquiles, Peleu e Tétis, estavam relutantes em deixar seu jovem filho se juntar à expedição, pois eles sabiam estar predestinado que se fosse morreria em Tróia. Numa tentativa de evitar o destino, o enviaram para Ciros, onde, disfarçado como uma moça, se juntou às filhas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais, chegava a provocar a morte deles.
Segundo a lenda, apenas uma fénix podia viver de cada vez. Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C. afirmou que esta ave vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípicia de Heliópolis , onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.
O devasso imperador romano Heliogábalo (204-222 d.C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois.

Saúde Pública, revitalização

Programa de revitalização de saúde melhora assistência à população


Ondjiva  - O atendimento médico-medicamentoso a crianças e grávidas registou melhorias significativas com a implementação e execução do programa de revitalização dos serviços sanitários nos municípios de Ombadja, Kwanhama e Namacunde, província do Cunene.


A informação foi avançada hoje (terça-feira) à Angop pelo chefe de Departamento de Saúde Pública, João Pedro,  realçando que, com a implementação do programa em 2006, houve uma melhoria na reorganização e reforços do pacote de serviços oferecido as diversas unidades sanitárias nas comunidades, prestando uma maior cobertura e de qualidade para redução da mortalidades materna infantil.

Acrescentou que o projecto consiste no reforço dos programas de vacinação de crianças e grávidas, consultas pré-natais, desparasitação, administração do ferro e ácido fólico, na distribuição de mosquiteiros, aconselhamento e testagem voluntária do Hiv/Sida e de prevenção da transmissão vertical, principalmente às grávidas e crianças.


Segundo a fonte, durante o último trimestre de 2010 o programa permitiu a distribuição de 11 mil e 447 mosquiteiros impregnados, testagem voluntária de 12 mil e 389 mulheres e crianças, levando os serviços mais próximos do cidadãos através de postos fixos e móveis nas localidades mais longínquas da província.


Quando ao processo de vacinação, foram imunizadas 40 mil e 796 crianças, sete mil e 450 mulheres grávidas, sete mil e 213 em idade fértil e ministradas sete mil e 619 vitaminas A, cujo processo tem apoio de três organizações não governamentais como o CUAMM, ADPP e a OPALS, na qual o programa está ser financiado pelo fundo das nações unidades para infância (Unicef).


Para o ano em curso, João Pedro informou que o programa de revitalização dos serviços de saúde vai reforçar as actividades de supervisão nas unidades sanitárias, encontros de coordenação com os municípios e os parceiros, encontro de monitoria e avaliação para o processo, bem como a extensão das equipas móveis nas áreas recônditas e de difícil acesso para permitir que os serviços chegam o mais distante possível.


O responsável disse que o programa visa a melhoria da organização das instituições, gestão dos recursos humanos, mormente nos hospitais municipais e centros de saúde, permitindo essencialmente a melhoria da assistência de crianças e gestantes.

enf. Ana Leão: Tirania, o porque da Expressão

enf. Ana Leão: Tirania, o porque da Expressão: " Tiranos da história foram muito populares, para citar alguns da história contemporânea: Hitler, Mussolini, Hiroito (era considerado um..."

Tirania, o porque da Expressão

 Tiranos da história foram muito populares, para citar alguns da história contemporânea: Hitler, Mussolini, Hiroito (era considerado um deus), Franco, Aiatolá Komehine, dentre outros... A própria Ditadura Militar na figura do General Médici, teve seu momento de grande popularidade, à época do "milagre", do ufanismo, da Copa de 70.
O bom senso recomenda grande apreensão quando os governantes estão escudados em grandes popularidades, pois, como mostra  a História em casos assim, a liberdade está ameaçada... As pessoas ingênuas e mal formadas, sem suficiente visão crítica e convicção democrática, tendem a desejar entregar seus destinos a um líder... Esperam que esse líder seja um pai severo e justo que lhes proporcionem todas as respostas... Alimentam uma ilusão infantil quanto à natureza e os princípios morais do líder... Crêem no superior, ilibado, generoso e altruísta, inteiramente devotado ao bem comum. o esperam como a um novo "messias", um redentor, um justiceiro... Os tolos tendem a desejar jogar com todo o futuro da sociedade em função das características pessoais de um único homem... Os imbecis mal formados e mal informados acham razoável essa crença, acham razoável confiar os seus destinos aos humores, à iluminação e à benevolência de um líder e, em sua paixão irracional, tratarão como inimigos quem quer que mantenha em relação ao líder uma atitude crítica...
Historicamente os Líderes Tiranos sempre contaram com hordas de defensores fanáticos e violentos... Os líderes tiranos sempre encontram quem lhes faça o serviço imundo, de recobrir as valas comuns onde enterram os seus inimigos, de silenciar as vozes críticas, de censurar a imprensa livre, de promover a divisão e a conflagração... Dessa forma ocorreram inúmeras vezes em inúmeros países... É uma tragédia tristemente anunciada...
Por outro lado, o Estado Democrático de Direito, é a forma de organização política cujo principal fundamento é a observância da Lei... A principal característica do Estado Democrático de Direito é SUBMETER OS GOVERNANTES ao constante e inexorável escrutínio público, à vigilância impiedosa e à crítica constante e livre...
No Estado Democrático de Direito não há ilusões nem ingenuidade quanto às feições do caráter de líderes, nem de Partidos... O Estado Democrático de Direito se baseia na DIVISÃO e na ALTERNÂNCIA do Poder Político. Assim sendo, no Estado Democrático de Direito devem as INSTITUIÇÕES amadurecer que a Sociedade aposta no seu futuro. Assim, pode-se dizer, que a Sociedade aposta em si mesma, em sua própria capacidade de prover lideranças transitórias qualificadas que, pelo aperfeiçoamento das instituições, conduzirão ao desenvolvimento e ao bem comum.
Quem é mesmo tolo a ponto de acreditar cegamente nos "líderes" voluntariosos que ciclicamente despontam, sempre com a mesma trajetória, partindo do populismo, passando pelo messianismo e degenerando-se em totalitarismo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Renascendo das Cinzas

 "A  fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais, chegava a provocar a morte deles.
Segundo a lenda, apenas uma fénix podia viver de cada vez. Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C. afirmou que esta ave vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípicia de Heliópolis , onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.
O devasso imperador romano Heliogábalo (204-222 d.C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois".
Autor desconhecido

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Assédio Moral no Trabalho

     


                        A prática do assédio moral no âmbito do trabalho e a afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana. A evolução das relações de trabalho e a globalização têm tornado cada vez mais competitivo e desumano o ambiente de trabalho.
                                           O trabalhador passa a conviver em um ambiente de trabalho hostil, o que afeta diretamente sua saúde, surgindo desta forma, o que se convencionou chamar de assédio moral, assunto que merece uma atenção especial principalmente para as carreiras de  enfermeiros, psicólogos,fisioterapeutas e juristas.                                                  
  Assédio moral :”Exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”. Vale ressaltar, que assédio moral e não assédio sexual,possuem diferenças,nem sempre o moral é sexual ,mas todo assédio sexual é moral.No assédio sexual alguém constrange outrem com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Já o assédio moral tem por escopo a exclusão da vítima do mundo do trabalho, criando-se uma situação que obrigue a extinção do contrato de trabalho por decisão do próprio empregado, o que desobriga o empregador de arcar com as suas obrigações previstas na Consolidação das Leis do Trabalho. O assédio moral ou violência moral é, ainda, conhecida como mobbing (coação moral ou terror psicológico no trabalho), e se configura nas mais diversas situações. São exemplos deste tipo de conduta: as medidas destinadas a excluir uma pessoa de uma atividade profissional; ataques persistentes e negativos ao rendimento pessoal ou profissional sem razão; a manipulação da reputação pessoal ou profissional de uma pessoa através de ridicularizações; o abuso de poder; a determinação de prazos pouco razoáveis ou atribuição de tarefas impossíveis; o uso de meios ardis ou fraudulentos para atrapalhar a produtividade, entre outras práticas.
Dentro deste contexto, a prática do assédio moral é uma clara violação ao princípio da dignidade da pessoa humana e conseqüente prejudicialidade da saúde do trabalhador. A dignidade é algo inerente ao ser humano e como tal deve ser e respeitada e valorizada em qualquer tipo de relação  Alexandre de Moraes  “A dignidade da pessoa humana é um valor espiritual e moral inerente a pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que apenas excepcionalmente possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos                                                                                                                                      Vale ressaltar, no entanto, que a prática do assédio moral não se trata de uma mera lesão a um direito da personalidade, o que gerará uma indenização maior e conseqüências mais significantes no que tange as verbas trabalhistas devidas ao empregado. Caso não ocorra a configuração do assédio moral, poderá, ainda o trabalhador pleitear através do instituto do “dano moral” a indenização pelas situações vexatórias,humilhantes   ocorridas no ambiente de trabalho.   Na tentativa de coibir a prática abusiva do assédio moral, os Tribunais vêm decidindo pela concessão de indenização por danos morais e materiais, bem como vêm sendo admitida a rescisão indireta, no caso de estarem configuradas algumas das hipóteses previstas no artigo 483 da Consolidação das Leis Trabalhistas.                                                                                                                                       O art. 483   h) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele, coação moral, por meio de atos ou expressões que tenham por objetivo ou efeito atingir sua dignidade ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade que lhe conferem suas funções.
Por fim, cumpre salientar que qualquer que seja a mudança ocorrida na legislação, não será o suficiente para coibir todas as práticas de abuso de poder no âmbito do trabalho. Infelizmente, a justiça em nosso país se mostra morosa e, provavelmente, a configuração da prática de assédio moral gerará delongas processuais, mas não deixe de cobrar, pois so assim voce provoca as mudanças.
Enfa. Ana Leão




sábado, 5 de fevereiro de 2011

Resposta do Coren-RJ,sobre polêmica da personagem Norma em "Insensato Coração"

 
03 Fevereiro 2011
Ilmos. Srs. Gilberto Braga/Ricardo Linhares/Denis Carvalho
DD. Autores e Diretor da Novela "Insensato Coração"

Considerando a apresentação dos capítulos iniciais da novela "Insensato Coração" e a atuação da dita "enfermeira", personagem chamada Norma, interpretada pela excelente atriz Glória Pires, passamos a tecer algumas considerações:
1 - As atividades domésticas desenvolvidas pela personagem Norma não são condizentes com as previstas para os ENFERMEIROS (profissional de nível superior com curso de graduação de pelo menos 4 anos), de acordo com a Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem;
2 – Na área de enfermagem três trabalhadores têm o seu exercício profissional previsto em Lei: o auxiliar de enfermagem (exigência de ensino fundamental completo + curso específico), o técnico de enfermagem (exigência de ensino médio completo + curso específico) e o enfermeiro (exigência de curso de graduação realizado de 4 a 5 anos– nível superior, podendo ainda cursar mestrado e doutorado na área ou em outras áreas do conhecimento);
3 – O exercício profissional do ENFERMEIRO no domicílio, em geral, é voltado para os pacientes de alto risco e dependência máxima do profissional, além do uso de tecnologia avançada.Outrossim, nada impede que o Enfermeiro, o Técnico e o Auxiliar de enfermagem exerçam atividades junto a pessoas de menor risco de adoecimento. Contudo, suas ações são voltadas para a pessoa dependente de seus cuidados e não dos cuidados do domicílio, o que é uma deturpação da imagem da profissão;
4 – Em geral, o trabalho de CUIDADOR, acompanhante sem amparo legal para executar procedimentos exigidos por pessoas doentes, sua ação restringe-se à vigilância, à segurança, ao relacionamento amigável com a pessoa que é cuidada e com sua família. Tem importância na sociedade e, geralmente, presta assistência a idosos, mas não é enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem.
Entendemos que a sociedade, em geral, é mal informada sobre a profissão de enfermagem, o que a faz vulnerável no momento de exigir cuidados sem risco, pois, desavisada, usa pessoas até bem intencionadas, mas que não estão capacitadas para este ramo do trabalho.
O trabalhador de enfermagem que luta há anos por melhores condições de trabalho, por carga horária de 30 horas semanais e salário compatível com o alto grau de responsabilidade que lhe é exigido para ajudar a salvar vidas, sente-se lesado com a imagem deturpada de seu trabalho, que pode inclusive enfraquecer a sua luta.
Como a Rede Globo tem a maior penetração televisiva nos lares brasileiros, ficamos preocupados com o uso indevido do vocábulo Enfermeiro em uma novela de grande audiência. Uma produção que, além de distrair, também tem o caráter informativo e de educação da sociedade através dos vários temas/texto que ela produz.
Temos certeza que como conhecedores, agora, do que as imagens levadas ao ar podem induzir a sociedade a entendimentos equivocados, além de deixar os profissionais de enfermagem bastante constrangidos socialmente, deverão tomar providências cabíveis para a correção dos fatos relatados.
Sempre certos de que os pensadores da Rede Globo primam pela verdade e a informação correta para a população deste país, colocamo-nos à disposição para qualquer outro esclarecimento.
Atenciosamente,
Pedro de Jesus Silva - Presidente do Conselho Regional de Enfermagem do