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São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, Brazil
companheira da esperança ordeira, gente simples perdida no anonimato de sua função.Porém com nobreza de caráter traduzo um sentimento de repugnância quando lesada em meus direitos sociais,possuo mãos trabalhadoras,mãos cheias de esperança, para reconstruir sonhos, virando a página da história, e dentro do meu espaço, reconstruindo a nossa história. "Não me assusta o grito dos corruptos,mas o Silêncio dos inocentes." Lutherking

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Política e brasileiros

É uma vergonha!   É o que se ouve e pode dizer a respeito da política e dos políticos brasileiros.  A política, tão necessária à vida democrática, vê-se conspurcada por maus políticos, o que pode levar muitas pessoas a pensar em eliminá-la, através de uma ditadura.  A atividade política é essencial para a sobrevivência da democracia.  Precisamos de mecanismos para eliminar os maus políticos e não a política!
Grande parte do que hoje acontece  deve ser creditado à nossa letargia política; não nos preocupamos muito com quem elegemos. Primeiro, votamos sem muito pensar; depois, não nos preocupamos em acompanhar o que nossos eleitos fazem.  E o que hoje fazem muitos deles está completamente em desacordo com a ética e a lei ou a legitimidade.  E por nós não nos preocuparmos com isso, ou com o que os eleitos fazem, estes passam a legislar, a legitimar ações e procedimentos em favor deles mesmos. E, mesmo aquele que poderia ser um “bom político” acaba por se valer desses privilégios, até para não “cair no ridículo” diante dos outros.
Inverteram-se, também, neste país, as funções principais dos três poderes: O Legislativo já não mais legisla, ou o faz precariamente, a não ser quando é em favor próprio; O Executivo “lança” medidas provisórias ( MP), como se fossem leis, antes de serem aprovadas pelo Congresso : O Executivo, portanto, acaba legislando, servindo ao Legislativo ( e ele se presta a tal) como mero “aprovador” de medidas que o Executivo quer que sejam aprovadas, servindo isso para toda espécie de manipulação; o Judiciário acaba, muitas vezes fazendo aquilo que o Legislativo e o Executivo não fazem, e o fazem por não haver regulamentação, que deveria ser papel do Legislativo.
Associa-se tudo isso a um monte de gente eleita, sem ter um mínimo de compromisso com o povo em geral, e temos a situação que encontramos.  Como as facilidades são muitas e como  a tendência humana é a de alguém trabalhar para si, depois para os outros, os políticos fazem o que estamos presenciando.  As facilidades e a inversão dos papéis entre os Poderes levam à desfaçatez, à hipocrisia, ao desperdício, ao abandono das necessidades do país, para o trabalho em favor próprio, até porque “trabalhar com o dinheiro alheio é fácil”.
Só isso pode levar a declarações e ações tão absurdas, como as que vimos registrando nos últimos tempos. Ações como nomeações de parentes, viagens com dinheiro público, abandono da saúde e da educação, etc.etc; declarações como a do deputado Sérgio Moraes ” não estou nem me lixando para a opinião pública”, são frutos do descalabro a que chegamos.
Como mudar?  Só posso dizer que uma ditadura não resolve; o que pode resolver é cuidarmos em quem votamos e, depois, acompanharmos e cobrarmos o trabalho dos nossos eleitos.  Essas duas coisas fazemos muito mal, por enquanto, senão vejamos: todos sabemos que há políticos que roubaram, trabalharam apenas para si e suas famílias e nós os reelegemos. Muitos têm processo(s) abertos  e, mesmo assim, se reelegem.  De outro lado, até onde e quanto acompanhamos os eleitos?  Sabemos, pelo menos, em quem votamos?